Desde criança fazemos escolhas, tomamos pequenas decisões. Decidir do que brincar, com quem brincar, que programa de TV assistir. Mas nessa fase quem toma as verdadeiras decisões por nós são nossos pais. É por isso que dizem que a infância é a melhor fase da vida, e eu concordo! Quando temos uma vida digna é a melhor época de se viver, sem preocupações, responsabilidades... Mas, enfim... quando crescemos temos que aprender a caminhar sozinhos, a escolher os nossos caminhos. E quando se aproxima a fase adulta a demanda de responsabilidade é maior. Muitos JOVENS conseguem se adaptar rapidamente a essa nova fase, mas outros passam por "maus bocados" ao se deparar com tantas exigências e, às vezes, acabam sofrendo uma crise existencial.
O que não devemos esquecer é que a vida é fulgaz e se continuarmos querendo voltar a infância ou aos nossos 15 anos corremos o risco de estacionar e de não viver a plenitude do presente. O grande desespero vem, quando nós, jovens, temos que assumir diante da sociedade o nosso papel de adulto responsável, bem sucedido.
Mas o que é que a sociedade nos oferece? Cobranças? Exigências? Estamos sempre colocados sob testes unificadores e homogeneizantes, como os vestibulares, as seleções de emprego, os "concursos da vida". Algumas vezes somos aprovados e, na maioria, somos excluídos. Isso gera insegurança, sentimento de incapacidade, impotência e fracasso. A sociedade não oferece oportunidades mas está sempre querendo o melhor de nós. Esquecem que nem sempre o melhor de um é o melhor de outro e tentam nos enquadrar num padrão uniformizado, desrespeitando as diferenças.
Apesar de tudo isso, acredito que, para sabermos decidir sem frustrações ou arrependimentos posteriores, o mais difícil não seja escolher entre dois caminhos - entre duas faculdades, entre duas cidades, entre dois empregos ofertados na mesma semana, entre trabalhar ou estudar - mas, sim, em saber aonde queremos chegar.
O que realmente quero? É essa a pergunta que deve ser feita, pois quando se sabe o que quer fica mais fácil escolher os caminhos. Lembrando que existem, ainda, os fatores externos que estão sempre influenciando nossas decisões e até mesmo as circunstância da vida nos obrigam a fazer escolhas que não são exatamente o que queremos no momento.
Renúncias... é o que a vida nos oferece. A renúncia significa perder e ganhar ao mesmo tempo. Cada vez que renunciamos estamos deixando uma coisa pra traz em prol de algo maior. Ou não? Será que o que renunciamos é sempre menos importante do que o que escolhemos? As escolhas nem sempre são satisfatórias, mas muitas vezes são necessárias...
Isto é ser JOVEM!
por Vilane Vilas Boas Rios
(13/05/2009)
Brilhante texto!
ResponderExcluirSomos marcados pela transitoriedade, pelo inacabamento, e neste sentido errar faz parte do processo. Passamos por diversos degraus em nossas vidas e dentre estes por uma fase de despersonalização subjetiva, que reflete claramente a ideologia vigente na sociedade, sobretudo entre os jovens, da mítica homogeneização.
Cumpre a aos educadores, in lato sensu, possibilitar meios de estabelecer uma ruptura desalienante a fim de que possamos contribuir para uma sociedade mais emancipada.
Realmente é muito gostosa a infância, longe das responsabilidades.....mas a vida, pra ser vivida plenamente, deve ter todos os ciclos cumpridos, e realizados com o que de melhor podemos dar a cada um deles. Encarar o presente com sabedoria e lembrar do passado como lição de vida que carregaremos pra "sempre" é fazer a VIDA VALER A PENA. Ser feliz deve ser sempre a nossa meta!!! E ser feliz também é fazer da realidade que vivemos, o melhor momento das nossas vidas. VIVA PLENAMENTE, SEMPRE!!!!!
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